quinta-feira, 23 de abril de 2009

Seminários

Resumos dos seminários... Escola tradicional e Escola Nova


Fundamentos Sócio Filosóficos da Educação

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1989, p. 157-194 e 202 - 218.



A Escola Tradicional

Alunas: Juliana Galvão Bezerra (Licenciatura em Ciências Biológicas)
Luana Gabriela Serafim da Silva (Licenciatura em Ciências Biológicas)
Luciana (Licenciatura em Geografia)


Baseada em uma educação magistrocêntrica, onde a centralização é voltada para o professor e para a transmissão de conhecimentos, eis que surge a Escola Tradicional, a partir do Renascimento e da Idade Moderna.
Como uma Escola voltada para os interesses da classe dominante de sua época, a Escola Tradicional vem a apresentar um dos conceitos mais rígidos de Educação, no qual, ordem, disciplina e submissão são as palavras-chaves que regem seus princípios.
A centralização do conhecimento na figura do professor e a memorização do conteúdo transmitido são aspectos cruciais para este modelo pedagógico que vem a “criar” uma geração de alunos passivos, vistos como uma “caixa acumuladora”, onde, quanto mais conhecimento acumulado (decorado, para ser sincero), maior a capacidade intelectual do mesmo.
Uma Escola onde, de maneira compensativa (ou repreensiva) fazia-se uso de métodos de premiações e punições como forma de inferir o adquirimento do conhecimento transmitido.
Várias foram suas faces apresentadas que adequaram-na às exigências históricas ao longo dos tempos, do mesmo modo que vários foram os participantes e contribuintes deste período que empenharam-se, de forma significativa, para quebrar as barreiras impostas pelo modelo pedagógico da Escola Tradicional e para transformar a Educação de um simples modo de transmissão de conhecimentos para uma forma importante de formação do aluno, tanto intelectual e quanto como pessoa, dentre os quais pode-se destacar: Lutero, Erasmo, Rebelais, Montaigne, Comênio, Kant, Herbart, entre vários outros.
Com base no que foi citado anteriormente, apresentara-se, de forma mais aprofundada, o Seminário sobre a Escola Tradicional. Apresentação esta que tem como principal objetivo mostrar uma visão panorâmica sobre o que foi o modelo pedagógico da Escola Tradicional e o que ele ainda representa para a pedagogia atual, abordando temas como suas principais características (de um modo geral), seu contexto histórico, seus pontos positivos e negativos, suas influências e interferências na atualidade, entre vários outros aspectos.

Natal / RN, Abril de 2009.



O PENSAMENTO PEDAGÓGICO DA ESCOLA NOVA

Grupo: Amalya Gomes, Celsulla Dantas, Janaína Gomes, Thiago Araújo e Francisco das Chagas.


O QUE É:

Considerado o mais vigoroso movimento de renovação da educação depois da criação da escola pública burguesa, que fundamenta o ato pedagógico na ação.

ORIGEM:

Na “Escola Alegre” (Feltre – 1378-1446), seguindo a pedagogia romântica e naturalista de Rousseau, tomando forma concreta no séc. XX, influenciando realmente os sistemas educacionais e a mentalidade dos professores.

O QUE PROPUNHA A TEORIA DA ESCOLA NOVA?

Que a educação se renovasse para instigar a mudança social.

COMO PERCEBIA A ESCOLA E A EDUCAÇÃO?

Valorizava a autoformação e a atividade espontânea da criança. O aluno deveria ser o autor da sua própria experiência através dos métodos ativos e criativos, que significaram o maior avanço da Escola Nova.

PIONEIROS DA ESCOLA NOVA:

JOHN DEWEY (1859-1952): primeiro a formular o novo ideal pedagógico afirmando que o ensino deveria se dar pela ação e não pela instrução, que a educação continuamente reconstruía a experiência concreta, ativa, produtiva, de cada um, uma educação, pragmática, instrumentalista. Buscava a convivência democrática, sem, entretanto, por em questão a sociedade de classes.
Para Dewey a educação poderia ajudar a resolver problemas das experiências concretas da vida ajudando o aluno a pensar sobre eles. Este pensar, para Dewey, tem cinco estágios: 1º) uma necessidade sentida; 2º) a análise da necessidade; 3º) as alternativas de solução do problema; 4º) a experimentação de várias soluções; 5º) a ação final de maneira científica. Uma visão de educação como processo e não como produto.


ADOLPHE FERRIÈRE (1879-1960): educador suíço, foi um dos maiores divulgadores da escola ativa e da educação nova na Europa. Criticou a educação tradicional acusando-a de trocar a alegria do aprendiz pela inquietude, o regozijo pela gravidade, o movimento espontâneo pela imobilidade e as risadas pelo silêncio. Fundou o Birô Internacional das Escolas Novas com a preocupação não só de divulgar a nova pedagogia, mas também de sintetizar correntes pedagógicas distintas com a preocupação de colocar o aluno no centro das perspectivas educativas. O Birô aprovou trinta itens considerados básicos para a nova pedagogia, cuja síntese afirmava que a) a educação deveria ser integral (intelectual, moral e física); b) ativa; c) prática (com trabalhos manuais obrigatórios, individualizada); e d) autônoma (campestre em regime de internato e co-educação).

ESCOLANOVISTAS QUE SE DESTACARAM PELOS MÉTODOS CRIADOS:

WILLIAM HEADR KILPATRICK (1871-1965): discípulo de Dewey, destaca-se pelo seu método de projetos, que poderiam se manuais, de descoberta, de competição e de comunicação. Os projetos teriam quatro etapas: designar o fim, prepará-lo, executá-lo e avaliá-lo. Os projetos ainda podem ser: de produção; de consumo; de resolução de algum problema e de aperfeiçoamento de alguma técnica.

OVIDE DECROLY (1871-1931): criou o método dos Centros de Interesses (a família, o universo, o mundo animal e vegetal, etc...), os quais desenvolveriam a observação, a associação e a expressão. Distinguem-se dos projetos porque não visam um fim, a construção de algo.

MARIA MONTESSORI (1870-1952): transpõe para as crianças normais seu método de recuperação de crianças deficientes com base na utilização de jogos educativos para trabalhar o tato, a pressão, cores, formas, espaços, etc.... Pela primeira vez na história da educação construiu-se ambientes condizentes com o tamanho das crianças.

ÉDUARD CLAPARÈDE (1873-1940): deu à escola ativa o nome de educação funcional. A atividade deveria ser vital ao homem, ser individualizada e ao mesmo tempo social e socializadora.

JEAN PIAGET (1896-1980): pai da teoria epistemológica, estudou a natureza do desenvolvimento da inteligência na criança. Defendeu o método da observação da criança através da pedagogia experimental que mostrasse como a criança organiza o real. Deve-se colocar a criança para pensar. O professor deve respeitar as etapas do desenvolvimento da criança.

ROGER COUSINET (1881-1973): desenvolveu o método do trabalho por equipes que deveria ter as seguintes etapas: a) acumular informações através de pesquisa; b) exposição e elaboração das informações; c) correção dos erros; d) cópia individual dos resultados; e) desenho individual; f) escolha do desenho mais significativo para arquivo da sala; g) leitura do trabalho de grupo; h) elaboração de uma ficha resumo.

COMENTÁRIO GERAL:

Embora não haja uma relação direta entre a Escola Nova e o Tecnicismo pedagógico, o desenvolvimento da tecnologia de ensino deve muito à preocupação escolanovista com os métodos e técnicas educacionais, a exemplo de Skinner (1904-1990), famoso pela suas técnicas psicológicas de condicionamento humano, aplicadas ao ensino-aprendizagem. No mundo e no Brasil muitas escolas com nomes diferenciados revelam a influência da filosofia educacional da escola nova (escolas livres, comunitárias, vocacionais, colégios de aplicação ... ). A presença na sala de aula do rádio, da televisão, do cinema, do computador, etc..., se deve aos centros de interesses da Escola Nova.


CRÍTICA:

Na segunda metade do séc. XX uma visão crítica a respeito da educação da Escola Nova aponta que esta acompanhou e serviu ao capitalismo. Afirma que toda educação é política e que a Escola Nova constituiu-se em função da educação moderna preparando a mentalidade, a ideologia e a conduta das crianças para reproduzirem a sociedade e não para transformá-la. A rentabilidade do aluno serviria à sociedade burguesa – preparar o jovem para a atividade prática, o trabalho, a competição. Foram poucos os escolanovistas que evidenciaram a exploração do trabalho e a dominação política, própria das sociedades de classe. Entretanto, alguns autores críticos, como Paulo Freire (1921), afirma que a educação nova não foi um mal em si, como dizem alguns “conteudistas”. De certa forma ela representou avanços na história das idéias e práticas pedagógicas.
O movimento da Escola Nova demonstra a consideração às teorias positivistas e marxistas daí constituir-se num movimento complexo e contraditório não podendo ser confundido com um movimento liberal. Chegou a influenciar a Escola Socialista, popular e autônoma e alguns teóricos progressistas atuais (Suchodolski e Snyders), que apontam uma perspectiva integradora de diversas correntes anteriores.



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